31/10/2017

11. Discovery


Selena não teve nenhuma dificuldade para entrar no condomínio que Joseph morava. O porteiro já estava avisado que ela viria e por isso não teve grandes problemas, bastou apenas se identificar. Quando as portas do elevador se abriram no décimo andar, ela sorriu. Joseph esperava a amiga na porta do apartamento e também sorria, fazia muitos meses que eles não se viam. Selena largou a mochila preta no chão e correu para abraçá-lo. — Meu Deus, que saudades! — Exclamou fechando os olhos enquanto sentia os braços do melhor amigo em volta da cintura. — Você não vai acreditar quando eu te disser quem eu acabei de ver aqui perto. — Selena disse afobada. Joe riu baixinho e separou o abraço dando espaço para ela adentrar no apartamento, ele pegou a mochila dela e adentrou logo em seguida. 

— Eu também senti sua falta, Selena. Como você está? Eu estou bem, obrigado por perguntar. — Joe disse de forma irônica e Selena revirou os olhos, ela sentou-se no sofá e retirou os tênis, seus pés estavam doloridos. 

— Eu estou falando sério, Joe. Eu acabei de ver a Demi. A mesma Demi pela qual você foi apaixonado há alguns anos atrás, a mesma Demi que sumiu do dia pra noite e que você ficou igual um idiota procurando por ela. Você consegue acreditar? Eu sei que é muita informação, nem eu acreditei que realmente era ela, mas eu sei o que eu vi.

— Eu sei, Selena. Nós trabalhamos juntos. — Joseph deitou-se no sofá maior e olhou para Selena que lhe olhava com o cenho franzido. 

— Espera aí... você e Demetria estão trabalhando juntos? Trabalhando juntos na empresa do seu tio e você só me fala isso agora? — Ela levantou do sofá em um pulo sem acreditar no que estava ouvindo. Por mais que os anos estivessem passado, Selena acompanhou Joseph por todo esse tempo, ela esteve ao lado dele quando ele descobriu que Demetria havia ido embora, ela esteve ao lado dele quando ele havia ido parar no Texas atrás de Demi. Era muito informação para sua cabeça. — Seu filho da puta, eu te liguei duas vezes essa semana e você não me disse nada! Como você guarda uma informação tão importante como essa apenas pra você? — Disse dando um belo tapa no braço de Joseph, ele fez uma careta e alisou o local agredido, os tapas dela ardiam. 

— Eu ainda nem digerir o que realmente está acontecendo, tudo está acontecendo muito rápido. Tudo o que eu sei é que ela veio para Los Angeles depois que descobriu que eu a usei. — Ele suspirou pensando em toda aquela situação. Joseph não gostava de pensar daquela maneira, tudo o que eles haviam vivido no passado havia sido real, ele realmente gostou dela, gostou como não tinha gostado de nenhuma outra garota mas olhando para a situação como um todo, ele tinha consciência de que havia usado Demetria, ele iria casar com outra e mesmo assim quis ficar com ela. Ele havia usado Demetria e Sophie. — Nós nos encontramos no escritório do meu tio, tudo o que eu sei é que ela faz faculdade de Arquitetura e é estagiária lá na empresa, nós estamos trabalhando juntos em um projeto. 

— Então vocês estão conversando normalmente? Ou ela te odeia e faz da sua vida um inferno? 

— Nem um, nem outro. Nós apenas tratamos assuntos relacionados ao nosso trabalho, ela não deixa eu tocar em nenhum assunto sobre a sua vida pessoal ou sobre o que aconteceu entre a gente. 

— Eu entendo ela, se fosse eu já teria feito você ser expulso daquela empresa. — Selena deu os ombros e sorriu como um anjinho. — Você sabia que ela tem uma filha? A menina é uma gracinha e se parece muito com ela. — Joseph franziu o cenho e se acomodou melhor no sofá. Filha? Do que diabos Selena estava falando? 

— Filha? — Perguntou confuso. 

— Sim, você não sabia? Eu encontrei ela em frente à escola de balé que tem aqui do lado, sabe? Ela estava com uma garotinha de cinco ou seis anos de idade, eu ouvi perfeitamente quando a menina chamou ela de mãe. — Por que seu coração batia de forma tão acelerado? — Será que ela se casou?— Joe teve que respirar fundo várias vezes para não surtar, a ideia de ver Demi casada com outra pessoa lhe assustava tanto e ele nem sabia o porquê. 

— Eu... eu não sei nada sobre a vida pessoal dela, eu nem sabia que ela tinha uma filha. 

— Talvez ela não quisesse que você soubesse. — Deu os ombros e sentou ao lado dele no sofá, sabia quanto o assunto "Demi" era delicado pra ele. — Ela ficou ainda mais bonita, não acha? O tempo só fez bem pra ela e dá pra ver de longe o quanto ela amadureceu. 

— Ela está linda! — Pensou alto e suspirou. Demi ainda continuava sendo a garota mais linda que ele já tinha visto, apesar de ser poucas as vezes que viu ela sorrindo dentro da empresa, o sorriso dela continuava sendo o mais bonito, capaz de iluminar a vida de quem estava por perto. — Como você reagiu quando a viu? 

— No primeiro momento eu não acreditei que era realmente ela, foi um choque pra mim! Ela entrou na sala do meu tio para pedir pra sair mais cedo e eu estava lá... — As coisas estavam começando a fazer sentindo na cabeça dele. O choque de revê-la havia sido tão grande que passou despercebido mas o motivo pelo qual Demi havia pedido pra sair mais cedo era porque Alana havia se acidentado na escola... seria Alana a filha dela? 

Apartamento da Demi 
05:45 da tarde

Demi destrancou a porta do seu apartamento e deu espaço para Alana entrar. Ela fechou a porta, retirou os saltos deixando em um cantinho perto da porta e colocou sua bolsa em cima do sofá. Demi caminhou até a cozinha e colocou o saco de pães e rosquinhas em cima do balcão. Alana jogou a mochila em cima do sofá e retirou os sapatos os chutando para longe. — Eu estou faminta. — Disse caminhando apenas de meias até a cozinha. A pequena ficou na ponta dos pés para alcançar o saco de rosquinhas e sorriu satisfeita quando conseguiu. — Mamãe vai ter uma peça sobre o Mágico de OZ na escola. — Falou e deu uma mordida na sua rosquinha. Demi sorriu e pegou dois copos para servir o suco natural de maracujá. — A professora disse que vai escolher os personagens na próxima semana, eu quero muito ser a Dorothy. 

— Eu tenho certeza que você vai ser a Dorothy mais bonita que eu já vi em toda a minha vida. — Demi deu um beijo no topo da cabeça da filha e lhe entregou o copo de suco. 

— Você acha? — Perguntou em dúvida, Demi assentiu e sentou ao lado da filha. 

— Claro que sim, amor. Você é uma menina muito esperta e vai ser uma Dorothy perfeita. — Alana sorriu e se inclinou para dar um beijinho de esquimó no nariz da mãe. Demi não queria que a sua filha tivesse medo de nada, queria que ela crescesse e se transformasse em uma garota forte e independente, capaz de correr atrás dos seus objetivos e lutar pelo seus sonhos. — A senhorita tem lição de casa? — Perguntou dando uma mordida em sua rosquinha, Lana assentiu e bebeu um gole do seu suco. 

— Tenho lição de matemática, você vai me ajudar? 

— Eu preciso ir pra faculdade, anjo. Mas tenho certeza que a sua tia vai te ajudar. 

— Por que você precisa ir pra faculdade, mamãe? Eu sinto falta de dormir com você e assistir desenho até tarde. — Demi sorriu e colocou uma mecha de cabelo da garotinha atrás da orelha. 

— Eu preciso ir pra faculdade pra conseguir um trabalho melhor. — Alana assentiu um pouco pensativa e encarou a mãe. 

— Seu trabalho não é bom? 

— É sim querida, mas ele pode ficar ainda melhor. Você ainda é muito pequena pra entender, mas eu prometo que no final de semana vamos dormir agarradinhas e vamos assistir seus desenhos favoritos até tarde, comendo muita pizza e chocolate. O que acha? — Alana sorriu animada e assentiu batendo palmas. 

— Mamãe, você acha que meu pai ficaria orgulhoso de mim? — Demi quase deixou seu copo de suco cair no chão quando ouviu a pergunta da filha. Ela colocou o copo em cima da balcão e suspirou. Por que Alana insistia tanto naquele assunto? Céus, era alguma brincadeira?

— Claro que sim, Lana. 

— Quando ele vai voltar? Essa viagem já durou muito tempo, não acha? 

— Em breve, filha. — Demi levantou-se sentindo um pouco desconfortável com aquele assunto, ela sempre ficava assim quando a filha tocava no assunto "pai". — Eu vou subir pra tomar banho, quando você terminar faça o mesmo, o.k? Qualquer coisa é só me gritar. — A pequena assentiu e voltou a sua atenção para sua rosquinha. Demi subiu as escadas em direção ao quarto e retirou seu blazer. Ela adentrou no banheiro, retirou a calça social e a camisa. Ultimamente ela estava se sentindo um pouco perdida, não sabia o que fazer em relação à Joseph, não sabia o que fazer em relação à Alana perguntando frequentemente sobre o pai... sabia que aquela fase iria chegar, só não sabia que seria tão cedo e que iria pegá-la tão desprevenida. Demi se livrou das peças intimas e adentrou no box, ela ligou o chuveiro e deixou que a água quente aquecesse seu corpo.

Assim que terminou seu lanche, Alana colocou o copo em cima da pia e foi até a sala. Ela ligou a televisão, pegou uma caixa de lápis e algumas folhas de sulfite que ficava em cima da mesinha de centro. A garotinha sentou-se no tapete peludo da sala e começou a desenhar. O som da campainha ecoou pelo apartamento fazendo ela franzir o cenho, quem seria? Como não podia abrir a porta sem permissão, Alana gritou um "Já vai!" e subiu as escadas correndo em direção ao quarto da mãe. — Mamãe, tem alguém na porta. — Disse adentrando no quarto. Demi estava no closet vestindo sua calça jeans.

— Acho que é a sua tia, atende e me grita, o.k? Já estou descendo. — Alana assentiu e desceu as escadas correndo. Ela pulou os últimos degraus da escada e correu até a porta, a pequena girou a chave na fechadura duas vezes e abriu a porta.

— Posso ajudá-lo? — Perguntou de forma educada e um pouco receosa. Não eram muitos os homens que vinham até a sua casa e os que vinham, ela conhecia.

— Oi, a Demi está? — Joseph perguntou olhando para a garotinha com certa curiosidade. Ela era tão bonita e familiar, tinha algo sobre ela que ele não sabia explicar, seu coração batia de forma acelerada no peito e suas mãos suavam. 

— Só um momen...

— Filha, quem está na... — Demi parou assim que viu Joseph, ela arregalou os olhos e sentiu as pernas tremerem. Ela não queria acreditar que aquilo estava realmente acontecendo. — Alana sobe pro seu quarto agora! — Disse de maneira autoritária. 

— Mas...

— Eu disse AGORA! — Gritou. Alana subiu as escadas correndo preferindo não desobedecer a mãe, ela sabia que deixar a sua mãe irritada não era uma boa opção. Demi fechou a porta do apartamento atrás de si e encarou Joseph com uma cara nada boa. — O que diabos você está fazendo aqui, Joseph? Você enlouqueceu? Você está ultrapassando todos os limites possíveis e impossíveis. Como diabos você conseguiu meu endereço? 

— Você tem uma filha! 

— Isso não é da sua conta! — Demi respondeu exaltada, ela não queria acreditar que ele realmente estava ali parado na frente do seu apartamento, aquilo era muita audácia da parte dele e ela não iria permitir. — Quando é que você vai entender que a minha vida pessoal não lhe interessa? Se eu sou mãe, se eu sou avó... não é da sua conta, Joseph. Que inferno!

— Eu não vou sair daqui sem uma explicação, Demi. Eu mereço não acha? Eu fiquei cinco anos procurando por você, mesmo depois de casado... você simplesmente cavou um buraco e se enfiou dentro, ninguém vai embora por causa de um coração partido, Demi. Tem muito mais do que isso, eu sei que tem e eu não vou te deixar em paz enquanto você não me disser a verdade.

 — Qual é a sua moral pra vim aqui na minha casa pedir explicações, Joseph? Você me usou, você me fez de outra, você brincou com os meus sentimentos! Você não merece porcaria nenhuma vindo de mim e eu não vou tolerar essa merda, eu não vou tolerar você vindo até a minha casa me cobrar algo que você não tem direito. Eu não pedi pra você procurar por mim, você fez porque você quis. 

— Quantos anos ela tem? Quem é o pai dela? Você não tem nenhuma aliança no dedo, Demi. Você não é casada. 

— VAI PRO INFERNO, SEU FILHO DA PUTA! — Demi gritou sem paciência nenhuma. Ela deu um passo à mais ficando ainda mais próxima de Joseph. Quem ele pensava que era para cobrar satisfação da sua vida? — Se eu sou casada, solteira ou viúva não te interessa. O que faço da minha vida não te interessa, agora sai daqui ou eu vou ser obrigada à chamar os seguranças. Nunca mais pise seus pés aqui ou você vai se arrepender, eu não sou mais aquela garotinha manipulável, Joseph. Eu posso fazer da sua vida um verdadeiro inferno. — Quando as portas do elevador se abriram, Kristen e Ryan saíram de lá e olharam confusos para Demi e Joseph. — Vai embora e nunca mais ouse pisar seus pés aqui se não as coisas vão ficar feias pra você. — Demi disse mais uma vez e adentrou em seu apartamento sem olhar pra trás, ela bateu a porta com força sentindo suas mãos tremerem, ela estava nervosa. 

— Demi, o que aconteceu? — Kristen perguntou assim que adentrou no apartamento, ela se aproximou da amiga e franziu o cenho confusa, quem diabos era aquele cara e por que Demi estava tão irritada? 

— Eu vou matar aquele desgraçado, eu vou acabar com a vida dele, ele vai se arrepender de ter cruzado o meu caminho. — Disse caminhando de um lado pro outro, ainda sentia a adrenalina correndo pelas suas veias, ela estava tão irritada que se Joseph ainda estivesse em sua frente, ela já teria arrancado o pescoço dele com suas mãos. 

— O que ele fez? Quem era ele? 

— Você acredita que aquele desgraçado veio aqui me questionar sobre eu ter uma filha? Ele se achou no direito de me questionar, ele me usou, brincou com os meus sentimentos e agora se acha no direito de questionar sobre a minha vida pessoal? 

— Não me diga que... 

— Que ele é o pai da Alana? — Demi riu irônica.  Ele é o cara que enfiou o pênis no meio das minhas pernas e me engravidou, mas se depender de mim nunca vai saber e nunca vai chegar perto da minha filha. Alana não tem pai, ela nunca precisou de um e não vai ser agora que vai precisar. 

— Amiga, calma.

— Não me peça pra me acalmar, Kristen. Eu estou com medo, e se ele conseguir descobrir? Eu deveria ter pego a minha filha e ido embora daqui assim que descobri que iria trabalhar com ele, essa situação toda não vai melhorar, tudo tende à ficar pior e pior. 

— Você sabia que em algum momento isso iria acontecer, Demetria. Ou você realmente achava que Alana nunca iria perguntar sobre o pai? Quando Alana tiver seus quinze ou dezesseis anos ela vai querer saber quem é o pai dela, quando ela fizer dezoito anos nada vai impedi-lá de ir procurar por ele.

— Enquanto ela for dependente de mim, eu vou protegê-la de tudo e de todos. Eu não vou permitir que ele chegue perto dela, se eu tiver que pegar as minhas coisas e ir embora, ninguém vai me impedir. 

— Está agindo como uma criança. 

— Você não é mãe, não tem direito de opinar em nada. — Kristen revirou os olhos e se calou, ela sabia que não valia à pena argumentar contra Demi quando ela estava exaltada, ela não escutava ninguém além dela mesma. Era cabeça dura como só ela sabia ser. 

— Ele já foi embora. — Ryan falou adentrando no apartamento. Ele tocou o ombro de Demi e ela tapou o rosto com as duas mãos, as lágrimas inundaram seu rosto e ela desabou. Demi se sentia sobrecarregada, tinha tantos problemas e ela só tinha vinte e três anos, era uma carga muito pesada e às vezes ela achava que não iria conseguir suportar. Ryan puxou ela gentilmente pelo braço e a abraçou apertado pelos ombros. 

— Eu estou com tanto medo dele tirar a minha menina de mim. 

— Ei, isso não vai acontecer, nós não vamos deixar. Nós estamos aqui pra você, você sabe que não precisa carregar o peso do mundo sozinha, não sabe? — Ele afagou os cabelos dela e Demi assentiu enquanto suas lágrimas molhavam a blusa do melhor amigo. — Nós não vamos deixar que nada aconteça com você e nem com Alana. 

— Você é uma cabeça dura e quer tudo do seu jeito mas nós te amamos, sua anã. — Kristen disse abraçando a amiga por trás. Demi sorriu e entrelaçou suas mãos, era tão bom saber que não estava sozinha e que tinha pessoas ao seu lado que lhe apoiavam acima de qualquer coisa. 

— Eu também amo vocês. — Disse baixinho. Ela separou o abraço e olhou para cima, Ryan beijou-lhe na testa e limpou suas lágrimas com o dedão.

— Mamãe? — Alana chamou do topo da escadas com um certo receio, ela estava com medo da mãe ainda estar brava mas assim que viu o tio parado no meio da sala, ela desceu as escadas correndo e pulou nos braços dele. — Tio Ryan!

— Oi minha princesinha, como você está? — Perguntou alisando o cabelo da garotinha. Alana sorriu e passou os braços em volta do pescoço do tio. — Eu senti sua falta lá na padaria pra me ajudar a preparar as tortas.

— Eu também senti falta de ir te ajudar, tio, mas a mamãe está muito ocupada com o trabalho e a faculdade e quase não temos tempo pra nada. — Ela falou como uma pequena adulta, Ryan riu e deu um beijo na bochecha da garotinha.

— Sua mãe é uma mulher ocupada, Lana, mas talvez eu posso vim buscá-la no final de semana para fazermos uma torta de morango deliciosa, o que acha?

— Eu acho uma ótima ideia. — Demi sorriu observando a filha, sua garotinha era tão preciosa. Ela aproveitou que a filha estava entretida com Ryan e caminhou até a cozinha.

Flashback on

O gel gelado em volta da sua barriga era uma sensação estranha mas isso não impedia que o coração batesse forte no peito. Era a primeira vez que ela iria ver seu bebê, sua primeira ultrassom, ela ia escutar o coração do seu bebê batendo e ela estava ansiosa. Demetria estava sozinha no consultório da médica, sua avó apenas marcou a consulta. Dianna também era médica e não pode ficar para fazer parte daquele momento. A médica posicionou o aparelho em seu ventre e não demorou muito para que a imagem de um pequeno bebê em formação aparecesse na tela que havia ao seu lado. — Aqui está a cabecinha dele. — A doutora disse indicando na tela, Demi sorriu sentindo algo que nunca tinha sentindo antes, era uma sensação única, seu coração batia tão acelerado no peito. — Ele está se desenvolvendo muito bem, você está fazendo um ótimo trabalho. — Falou enquanto passava o aparelho pela barriga pouco avantajada de Demi. 

— Eu consigo ver o narizinho, os olhinhos e a orelhinha. — Demi falou de forma ansiosa, ela estava tão feliz mesmo com sua vida estando um verdadeiro caos. No começo estava assustada e com medo mas agora estava mais acostumada com a ideia de ser mãe e estava gostando. 

— Você realmente está certa, Demi. — A médica sorriu e passou o aparelho pelo outro lado da barriga. — Vamos ouvir o coração. — Elas ficaram em silêncio e não demorou muito para que os batimentos cardíacos do bebê ecoassem levemente pela sala. Demi não conseguiu controlar sua emoção e deixou que as lágrimas rolassem livremente pelo seu rosto. — Seu bebê está se desenvolvendo perfeitamente bem, Demetria. Você está com três meses e duas semanas, creio que quando completar quatro meses conseguiremos ver o sexo dele. 

— Não dá pra ver agora? Minha vó disse que com três meses já é possível ver... 

— Sim, mas hoje o seu bebê resolveu ficar com as perninhas fechadas, ele quer fazer suspense. — Brincou e Demi riu limpando as lágrimas, ela se sentia feliz e completa... mas de alguma forma ainda faltava algo, ou melhor alguém, ela queria tanto que Joseph estivesse ali com ela, com suas mãos entrelaçadas e ele tão emocionado quanto ela ao ouvir os batimentos do coração do seu bebê. 

Flashback off

 Demi? — Kristen lhe chamou. Demi balançou a cabeça e virou-se encarando a amiga. Ela estava tão perdida em seus pensamentos que nem percebeu quando Kristen adentrou na cozinha. — Estou te chamando há cinco minutos, essa sua cabeça parecia estar voando longe. 

— Estava me lembrando da primeira vez que eu ouvi o coração da Lana bater. — Sorriu e limpou uma lágrima solitária que desceu pela bochecha. Quando ela olhava pra trás e via o quanto batalhou para chegar aonde estava com sua filha, ela se sentia a mulher mais guerreira do mundo. Tudo o que Demi tinha e tudo o que ela conquistou havia sido com esforços e lutas, nada pra ela veio de mão beijada. 

— Você sempre fica emocionada quando lembra sobre esses momentos. — Kristen riu e encostou-se no balcão da cozinha. — Lembra quando ela andou pela primeira vez? Esse apartamento estava uma verdadeira bagunça e nós estávamos tentando gravar o primeiro passo dela mas a câmera desligou e quando a câmera desligou ela andou até você. — Demi riu e assentiu. 

— Eu me lembro, você não sabia se ria ou se chorava, acabamos comemorando com comida mexicana. — Sorriu lembrando-se daqueles pequenos momentos felizes.
 Quando Alana começou a correr pela casa, a Sra. Jenner vinha aqui todos os dias reclamar do barulho. — Elas riram e Demi encostou a cabeça no ombro da amiga, aquele apartamento tinha boas histórias. 

— Aquela velha até hoje é um verdadeiro atraso para nossas vidas. — Demi suspirou e assentiu fechando os olhos. A Sra. Jenner morava no apartamento abaixo do de Demi e sempre que tinha uma oportunidade ia até lá fazer uma reclamação. — Você não vai pra faculdade hoje? — Demi negou com a cabeça. Ela queria ficar com sua filha deitada e assistindo filmes até tarde. — Tem certeza que não sair prejudicada? A faculdade está quase no fim e a sua semana de provas está chegando.

— Eu não vou me prejudicar, minhas notas estão boas. Só quero passar um tempo com a minha filha.


 Apartamento do Joe


— EU NÃO ACREDITO QUE VOCÊ FEZ ISSO! — Selena gritou tentando controlar sua vontade de dar um belo tapa na cabeça de Joseph. Por que ele tinha que ser tão cabeça dura? Aquilo era mal de homem? Todos eles tinham que agir como babacas imaturos? — Você é um tapado mesmo, homem só pensa com a cabeça de baixo. — Resmungou e logo em seguida deu uma mordida na sua pizza. — Você não deveria ter confrontado ela dessa maneira, só vai fazer a raiva que ela sente por você crescer, seu idiota.

— O que você queria que eu fizesse? — Perguntou irritado. — Eu estou desesperado, Selena. Eu não sei o que pensar ou o que fazer, eu só quero uma explicação.

— E você acha que vai conseguir alguma explicação afrontando ela dessa maneira? — A ironia na sua voz era visível.

— Eu mereço respostas, porra. Ela sumiu do dia pra noite e depois de anos me aparece em outra cidade com uma criança. Isso não faz sentindo, Selena. Tem alguma peça fora do lugar que eu preciso encaixar mas eu não sei que peça é essa. — Suspirou e pegou uma fatia de pizza, era de calabresa e parecia estar lhe chamando. 

— Então ela é mãe mesmo?

— Sim, ela é. — Ele não sabia o porquê mas sorriu. Sorriu ao lembrar-se do olhar curioso da menina sobre si, o olhar dela era tão marcante, os olhos verdes eram como esmeraldas e pareciam com os... seus. 

— Ela é casada? 

— Eu não sei, ela ficou exaltada quando eu perguntei quem era o pai da criança... Ela ia chutar as minhas bolas, literalmente. — Disse lembrando-se de como Demi ficou exaltada mas apesar disso, tudo o que ele pensava era na garotinha e na maneira como seu coração acelerou no peito ao vê-la, era algo que ele nunca tinha sentido antes, uma sensação única e ele não sabia como explicar aquela sensação em palavras. 

— Você já parou pra pensar que... — Selena se auto interrompeu e mordeu um pedaço de pizza, não era bom ficar alimentando aquele tipo de coisa na cabeça de Joseph... mas se sua teoria estivesse certa, aquela criança poderia ser filha do Joe. 

— Parou pra pensar no que, Selena? 

— Nada, foi apenas uma besteira que passou na minha cabeça, nada demais. — Deu os ombros e deu um gole em seu refrigerante. — Você tem que parar de pegar no pé dela, Demi não vai falar sobre nada com você se continuar pressionando ela dessa maneira. Eu arrisco dizer que ela ainda guarda raiva, rancor e mágoa pelo o que você fez com ela no passado, porque se essas feridas tivessem cicatrizado, ela não teria problema nenhum em sentar e conversar com você. 

— Eu só quero concertar as merdas que eu fiz.

— Você acha que agindo assim vai conseguir? Demi ainda está sendo boazinha, se fosse eu no lugar dela já teria chutado seu pau ou pior, teria te jogado pela janela daquele prédio e quando a policia viesse atrás de mim, eu colocaria a culpa na TPM. — Selena deu os ombros como se aquilo não fosse grande coisa. 

— Você é diabólica. — Joe resmungou fazendo uma careta e Selena sorriu como um anjinho. 


***

Demi ajeitou os cobertores em volta da cama e deitou ao lado da filha. Elas haviam feito a lição de casa juntas e agora estavam se preparando para assistir um filme.— Está confortável? — Perguntou puxando a garotinha para os seus braços. As duas estavam vestindo pijamas de unicórnios e Alana segurava um balde de pipoca, a pequena encostou a cabeça no ombro da mãe e colocou algumas pipocas na boca. — Que filme a senhorita escolheu?

— Bob Esponja. — Demi riu baixinho e assentiu, já deveria saber que a pequena escolheria aquele filme, era o seu preferido. Demi acomodou-se melhor na cama e começou a fazer cafuné no cabelo da sua garotinha, ela adorava mimar seu  que a cada dia que passava crescia mais. — Eu sou o Bob Esponja, você é o Patrick, a Tia Kris é o Lula Molusco e o Tio Ryan é o Seu Siriguejo. — Alana disse apontando para cada personagem que havia na capa do DVD. Demi riu e beijou-lhe o topo da cabeça.

— Sua tia é a cara do Lula Molusco, principalmente de manhã. — Falou brincalhona lembrando de como a amiga era mau-humorada durante a manhã, principalmente quando acordava cedo. Elas focaram sua atenção no filme, elas riam de algumas cenas e comiam besteiras como se não houvesse amanhã, geralmente havia regras sobre comer besteiras em dia de semana mas Demi havia aberto uma exceção naquele dia. Quando o filme terminou já era quase nove horas da noite. Alana já bocejava nos braços da mãe e coçava os olhinhos sonolenta. — Acho que já está na hora de uma mocinha ir dormir. — Lana sorriu preguiçosa e acomodou-se na cama da mãe.

— Eu posso dormir aqui de novo? É tão bom dormir abraçada com você, mamãe. — Falou passando os braços em volta da cintura de Demi.

— Eu aposto que isso tudo é preguiça de ir para o seu quarto. — Demi brincou e fez cócegas na barriga da menina, fazendo a pequena se contorcer rindo. — Eu vou apenas levar essa bagunça lá pra baixo e já volto, enquanto isso a senhorita pode ir escovar os dentes. — Alana assentiu prontamente enquanto Demi juntava a bagunça que elas haviam feito para levar até a cozinha.

Quando voltou para o quarto, a pequena Alana estava no banheiro escovando os dentinhos, Demi ajudou a menina e logo em seguida escovou os seus, assim que terminou, Demi ajeitou a filha na cama, apagou as luzes do quarto deixando apenas o abajur acesso e deitou ao lado da filha. Alana virou-se para Demetria e sorriu colocando uma mecha do cabelo da mãe atrás da orelha, assim como Demi fazia com ela. — Mamãe, quem era aquele homem que veio aqui mais cedo? — Perguntou curiosa.

— Ele trabalha comigo na empresa. — Disse tentando ao máximo poupar suas palavras e escolhendo bem o que diria, crianças naquela idade eram tão curiosas e ela não queria ter que explicar pra filha a real situação, não agora.

— Você não gosta dele? — Demi respirou fundo tentando achar as palavras certas para usar, às vezes era tão difícil lhe dar com crianças. — Por que você ficou tão brava quando viu ele?

— Não é isso, amor... Nós trabalhamos juntos na empresa e... e nós brigamos algumas vezes... é coisa de adulto, você não entenderia. — Alana assentiu e sorriu quando a mãe alisou seu rosto.

— Ele não parecia ser uma pessoa má. — O coração bateu acelerado no peito e Demi fechou os olhos tentando controlar sua respiração. — Adultos são complicados, não é mesmo?

— Sim, anjo. Adultos são complicados. — Alana fechou os olhos sentindo o sono cada vez mais próximo. Ela sorriu fraco quando Demi beijou sua testa e lhe desejou boa noite.

— Ele tinha os olhos verdes como os meus. — Oh céus, o que era aquilo? Alana suspirou e deixou que o sono lhe vencesse. Demi sentia seu coração disparar e o sono ir embora, diabos, aquilo não deveria estar acontecendo. Ela fechou os olhos tentando não pensar no desastre que estava por vir mas suas tentativas de dormir foram todas falhas, sua vontade era de comprar duas passagens para longe e fugir. Não estava preparada para passar por aquela situação.

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boa noite meus amores, como vocês estão?
eu estou bem e feliz por voltar com mais um capítulo, espero que gostem. 
eu dei o meu melhor e creio que ele ficou grande para recompensar a demora para postar, me digam o que acharam nos comentários, o.k? por hoje é só, preciso estudar para as provas que infelizmente estão chegando... volto assim que der | respostas dos comentários aqui 
beijos, amo vocês. 


um bebezinho desses bicho

22/10/2017

10. Lonely + Leiam as notas finais


oi meninas como vocês estão?
o capítulo está pequeno e eu sinto muito por isso, mas não podia esperar mais pra postar pra vocês.
espero que gostem, boa leitura. 
ps: não revisei, perdoem qualquer errinho 


Demi deitou-se na cama mas não tinha sono. Ela encarou o teto do quarto e suspirou enquanto sentia seu coração bater de forma acelerada no peito ao lembrar-se de Joseph. Os anos haviam se passado e ela já tinha aceitado o fato de que ela havia sido apenas uma diversão pra ele, o passatempo enquanto ele não entrava em um relacionamento sério com sua noiva. 

Flashback on

Demetria estava na pequena cozinha do apartamento de Joseph preparando um café da manhã especial. As panquecas estavam em um ponto perfeito e ela agradeceu mentalmente porque geralmente suas panquecas sempre queimava. Jason Mraz tocava baixinho na rádio e ela cantarolava junto. A música descrevia como uma pessoa se sentia quando amava alguém e Demi sentia tudo o que descrito na música, sentir as borboletas no estômago, sentir a palma da mão suar, o coração disparar à cada beijo, se sentir segura dentro do abraço dele! Ela enfrentaria o mundo para estar ao lado dele, seria ela e Joseph contra o mundo. 

Demi sentiu os braços de Joseph rodearem a sua cintura e os lábios dele tocar seu pescoço. Ela sorriu e virou-se. — Bom dia! — Ele sorriu, aquele sorriso que deixava qualquer garota louca. Céus, como ele podia ser tão bonito?

— Ótimo dia! — Joe piscou e beijou a bochecha dela, depois o queixo e finalmente os lábios. Demi fechou os olhos e levou suas mãos para os cabelos da nuca dele. Ela partiu o beijo com selinhos molhados, abriu os olhos e sorriu. — Você fica ainda mais linda vestindo minhas camisetas, eu me sinto no paraíso, sabia? — Demi sorriu envergonhada e fechou os olhos quando ele alisou suas bochechas, aos poucos eles começaram a se movimentar ao som da voz serena do Jason Mraz

— O que está fazendo? 

— Dançando com a minha namorada! — Ele respondeu com um sorriso sapeca nos lábios, Demi levantou a cabeça para olhá-lo nos olhos, ela adorava os olhos dele, eram tão bonitos e verdes, pareciam duas esmeraldas. 

— Você não fez nenhum pedido. — Respondeu arqueando uma das sobrancelhas, ele riu e lhe roubou um selinho. 

— Eu não preciso pedir, você sabe que é a minha garota. — Demi sorriu o abraçando pelo pescoço e selou seus lábios em um beijo apaixonado. Ele era o homem da sua vida, ela sabia disso. 

Flashback off


Demi limpou uma lágrima solitária que desceu pela sua bochecha e abraçou o travesseiro vazio ao seu lado. Como ela era uma tola! Ela se apaixonava por qualquer garoto que lhe lançava um sorriso mas havia se apaixonado por Joseph pelo jeito dele viver, ser livre, fazer o que quisesse, sem precisar dar satisfação pra ninguém, viver a sua vida da maneira que bem entendesse! Naquela época era o que ela queria pra sua vida e havia encontrado aquela liberdade através de Joseph.

Demetria respirou fundo e fechou os olhos tentando acalmar seu coração, ela odiava quando se sentia sozinha porque sempre pensava besteiras. Ela sentia falta de alguém para lhe abraçar durante a noite, ela sentia falta de uma pessoa ao seu lado e fazia muito tempo que não tinha alguém. O barulho da porta se abrindo fez ela acalmar seus pensamentos. A pequena Alana adentrou no quarto da mãe vagarosamente e com passos cuidadosos ela foi até a cama. — Alana? — Demi chamou e a garotinha parou aonde estava sentindo seu coração disparar no peito. — Querida, o que foi? — Perguntou sentando na cama. 

— Desculpa mamãe, não era a minha intenção te acordar. — Demi sorriu e chamou a garotinha com as mãos, ela estava vestindo seu pijama de unicórnio que havia ganhado de presente de aniversário. Alana subiu na cama e deitou ao lado da mãe. 

— Você não me acordou, amor, eu já estava acordada. — Falou e colocou alguns fios de cabelo da garotinha atrás da orelha. O cabelo da menina estava grande e ficava caindo em seu rosto. — Você teve pesadelos? — Geralmente quando Alana vinha dormir com ela era porque tivera algum pesadelo. 

— Eu só... senti que precisava vim dormir com você, às vezes a senhora se sente sozinha, não é mesmo? — Demi suspirou e beijou a bochecha da sua menina, aquela garotinha era tudo pra ela, era a sua vida, o ar que ela respirava, até hoje ela não entendia o que tinha feito pra merecer uma filha tão graciosa como a que tinha. — Eu escutei você falando com a tia que tem noites em que você se sente sozinha. 

— Eu amo você, sabia? Do tamanho do universo! — Alana passou um dos seus bracinhos ao redor da cintura da mãe, beijou a ponta do nariz de Demi e sorriu. 

— Eu também amo você, mamãe. — Disse e bocejou logo em seguida. O dia havia sido divertido e ela havia brincado muito na escola e na aula de balé. 

— Boa noite, meu anjinho. 

— Boa noite. — Alana fechou os olhos e Demi beijou-lhe na testa, seu coração estava leve e em paz, aquela paz somente Alana podia trazer para o seu coração. Demi fechou os olhos e rapidamente adormeceu. 

Dia seguinte
Empresa 

Demi estava sentada em sua mesa, havia um grande livro sobre arquitetura e urbanismo em sua mesa e dois cadernos, seu notebook estava ligado e no google ela pesquisava algo sobre a matéria que estava estudando na faculdade, se não colocasse as matérias em dia acabaria se prejudicando na semana de provas que já estava perto. Demetria anotou algo em seu caderno e logo em seguida fitou a tela do notebook lendo alguns trechos que estava no site. — Entra! — Disse assim que ouviu alguém batendo em sua porta, a porta se abriu e Joseph adentrou na sala com algumas folhas nas mãos. 

— Preciso que assine esse termo de compromisso. — Joseph disse se aproximando. Ele entregou algumas folhas pra ela e quando seus dedos se tocaram Demi sentiu uma corrente elétrica por todo seu corpo, aquilo estava errado, ela não deveria sentir aquele tipo de coisas. 

— Termo de compromisso? — Perguntou enquanto lia os papeis. A relação deles era extremamente profissional, Demi não deixava Joseph tocar em qualquer assunto que se relacionava à algo que eles tiveram no passado ou sobre a sua vida pessoal. 

— Nós vamos começar à colocar o projeto em prática e estamos passando por todos os departamento pedindo pra assinar esse termo de compromisso, eu quero que esse projeto saia perfeito e não quero ninguém amarelando no meio do caminho. — Era tão estranho vê-lo falando de coisas tão sérias, antes ele era apenas um menino que vivia sua vida sem nenhuma responsabilidade e hoje ele era um homem formado e que levava a sério o seu trabalho. Demi assinou seu nome na última folha do termo de compromisso e o entregou. 

— Demi, por que você foi embora? — Perguntou a olhando nos olhos, era incrível como os olhos dele era idênticos aos olhos de Alana, o formato puxado a cor verde como esmeraldas, olhar para os olhos dele era como olhar os olhos de Alana. 

— Joseph... 

— Só me responde isso, você sabe que alguma hora nós dois vamos ter que colocar as cartas na mesa. 

— Você sabe muito bem porque eu fui embora, Joseph! Você estava e terno e com um enorme sorriso no rosto, você fez uma linda declaração de amor, se ajoelhou e pediu outra garota em casamento na minha frente. — Ele já sabia que ele era o motivo pelo qual Demi havia ido embora, algo em seu coração lhe dizia que ela havia descoberto sobre seu casamento com Sophie mas ele pensava que não tinha como ela saber, afinal, ele sempre fora muito cuidadoso. — Agora que você já sabe o motivo, espero que só se refira à mim com assuntos sobre a empresa, a minha vida pessoal não interessa à você.  — Ela disse o olhando nos olhos, Joseph apenas assentiu e saiu da sala dela. Ele sabia que seria difícil ter uma conversa clara com ela mas não iria desistir. Joseph podia ter agido como o maior filho da puta da terra mas uma coisa era certa: ele jamais havia amado alguém como amou Demetria!

Demi olhou para o relógio e suspirou, cinco horas da tarde marcava os pontos do relógio, seu expediente já havia acabado à trinta minutos atrás. Ela guardou seus livros, desligou o notebook e pegou a sua bolsa. Estava na hora de buscar Alana no balé. Ed Sheeran tocava baixinho no rádio enquanto Demi dirigia pelas ruas de Los Angeles em direção à escola de balé. Como o inverno estava chegando e era fim de tarde, ventava um pouco frio e Demi estava sem casaco, o único casaco que ela tinha no carro era de Alana que ela sempre deixava no carro de reserva. O trânsito estava caótico naquele horário e ela ia acabar se atrasando.

Depois de trinta minutos, finalmente Demi chegou até a escola de balé. Ela pegou o casaco da filha no banco de trás e adentrou na escola. Demi cumprimentou a recepcionista e caminhou até a sala, Alana estava sentada no chão com as pernas cruzadas conversando com uma amiguinha. Assim que olhou para a porta e avistou a mãe, a garotinha pegou sua mochila, se despediu da amiga com um abraço e saiu correndo até Demi. — Oi meu amor. — Sorriu e deu dois beijinhos no topo da cabeça da garotinha.

— Hoje eu aprendi um passo novo! — Falou animadamente, Demi acenou para a professora e saiu caminhando de mãos dadas com a filha.

— É mesmo? Eu mal posso esperar para ver. — Elas pararam na calçada para que Demi pudesse ajudar Alana com o casaco.

Selena desceu do Táxi, agradeceu ao motorista e pegou sua mochila preta. Pelo o que havia lido no papel aquele era o endereço de Joseph, ela colocou a mochila nas costas e esperou o fluxo de carro diminuir para poder atravessar, quando olhou para o outro lado da rua franziu o cenho, aquela era... Demi?

— Mamãe, vamos, eu estou com fome. — Alana reclamou. Demi riu da careta da garotinha e ajeitou o casaco dela. Demi olhou para o outro lado da rua e adentrou no carro, antes de Selena atravessar a rua. Demi não havia lhe reconhecido por causa dos óculos escuros mas ela tinha certeza que aquela era Demi e ela era mãe!

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aaaahh como eu estava com saudades de postar pra vocês, três semanas sem postar nada foi o meu limite, eu já estava enlouquecendo. sinto muito pela demora mas foram semanas loucas, a faculdade está tomando todo o meu tempo, eu estou fazendo um projeto terrível e eu preciso me dedicar porque eu dependo dele pra passar de semestre, infelizmente as coisas não vão melhorar, a semana de prova também está chegando e eu preciso estudar. o bloqueio também não colaborou com nada, de todos esse foi o bloqueio mais fodido que eu já tive, esse capítulo foi reescrito mais de três vezes e todos eles saíram uma bosta, esse foi o melhorzinho e ficou pequeno mas como eu disse, não queria ficar mais tempo sem postar. eu vou começar a escrever o próximo ainda hoje pra ver se eu consigo voltar com as postagens normais, que era um capítulo por semana, orem por mim. 
tantas coisas aconteceram nesse meio tempo não é mesmo? o documentário maravilhoso da demi, o noivado do joe, aaaah eu estou bem feliz por ele, shippo muito ele e a sophie, espero que sejam muito feliz e quero demi como madrinha sim! 
me digam o que acharam do capítulo, o.k? ah, e esse flashback que a demi teve não entrou na primeira parte do capítulo, o.k? ela vai ter algumas memórias que foram excluída da primeira parte
enfim, meninas, respostas dos comentários aqui | obrigado por toda a paciência que vocês tiveram em esperar pelo capítulo e obrigado por me entenderem, vocês são as melhores leitoras. bjsss


um bebe desses 

19/10/2017

Projeto Ficstape | Stop The World

meninas eu não revisei então ignorem qualquer erro, revisarei assim que tiver um tempinho.
essa oneshot faz parte do projeto ficstape e foi escrita baseada na música stop the world da demi lovato. eu espero de coração que vocês gostem.

ps: o capítulo de Skinny Love está sendo finalizado e postarei em breve. 



Demetria estava na sacada do seu quarto observando a lua, ela suspirou e limpou a lágrima solitária que desceu pela sua bochecha. Mais uma briga, aonde eles iriam parar? Demi sentiu os braços da sua irmã rodear sua cintura e sorriu fraco. — O que está acontecendo com vocês? — Selena perguntou preocupada. Ela estava resolvendo os últimos detalhes do seu casamento quando Demi ligou chorando.  — Joseph saiu daqui transtornado.

— Nós estamos vivendo uma mentira, Selena. — Disse sentindo o coração bater um pouco mais rápido. Fazia algum tempo que ela e Joseph estavam tendo algumas diferenças, tudo era motivo para uma nova briga, eles estavam desmoronando. — Há meses nós estamos nessa situação, nós sorrimos e falamos que somos felizes para todos que estão ao nosso redor, mas quando chegamos em casa disparamos palavras de ódio um contra o outro pelos quatro cantos desse apartamento.

— Como vocês deixaram as coisas chegarem a esse ponto? — Perguntou alisando o cabelo da irmã mais velha. Elas não eram apenas irmãs, eram melhores amigas.

— Eu não sei... — Falou pensativa enquanto olhava para a lua cheia no céu. — Eu estou com tanto medo do que pode acontecer, nós precisamos mudar se não o desastre vai ser grande! Eu não aguento mais essa situação, Sel. Eu estou à beira de desmoronar.

— Vocês não podem continuar dessa maneira, vocês precisam resolver essa situação antes que as coisas tomem uma proporção maior e o desastre seja irreparável. — Demi fechou os olhos e abraçou a irmã fortemente enquanto as lágrimas caíam. Apesar de ser mais velha, Selena era mais alta que Demi. Selena beijou a testa da irmã e elas ficaram boa parte da noite sentadas na varanda observando a lua enquanto conversavam.

No dia seguinte, Selena foi embora cedo. Demi estava terminando de se arrumar para ir trabalhar quando Joseph adentrou no apartamento. Ele estava com a mesma roupa que o dia anterior e tinha olheiras que revelavam que ele havia passado a noite em claro. — Eu vou... tomar banho e depois eu vou sair para entregar alguns currículos. — Ele havia passado a noite bebendo! Demi fechou os olhos e respirou fundo para não xingá-lo, ela odiava bebida alcoólica e Joe sabia muito bem disso. Joseph subiu as escadas em direção ao quarto e Demi caminhou até a cozinha para preparar o café da manhã. — Você mandou meu terno para lavanderia? — Joe perguntou adentrando na cozinha apenas de cueca box. Demi estava sentada em volta da bancada da cozinha tomando uma caneca de café, ela desviou o olhar do celular e o encarou.

— Não, eu não tive tempo! — Ela respondeu.

— Como não teve tempo? Eu disse que ia precisar dele pra hoje, eu pedi pra você fazer esse favor pra mim e mandar ele pra lavanderia e você disse que faria isso.

— Eu não tive tempo, porra! Eu passo o dia inteiro naquela porcaria de escritório resolvendo problemas dos outros, eu dou um duro danado todos os dias para colocar comida dentro dessa casa, pra pagar água, luz e telefone... eu sou apenas uma e se você quer roupa lavada e passada, vá trabalhar e pague uma empregada.

— Você adora jogar na minha cara que está sustentando essa casa sozinha, não é? Mas você não vê que eu estou dando o meu melhor pra te ajudar com tudo. Você está sendo uma egoísta e na primeira oportunidade faz questão de jogar na minha cara que eu sou dependente de você.

— Você está dando o seu melhor? — Demi riu irônica e se levantou da bancada. — Dar o seu melhor é deixar sua esposa sozinha a noite toda e ir para um bar beber com seus amigos solteiros até o dia amanhecer? — Provocou apontando o dedo na cara dele.

— Para de tentar virar o jogo contra mim! Não tem nada de errado eu sair pra beber com meus amigos, não era você quem estava bancando a noite. — Falou irônico. — E foi você mesma quem mandou eu sair dessa porcaria de apartamento, então menos, Demetria, bem menos!

— Seu problema é que você odeia o fato de que sou eu quem estou colocando tudo dentro de casa, você está sendo sustentado por uma mulher e isso fere o seu ego masculino, esse é o seu problema!

— O meu problema é que eu me importo demais com quem não merece, o meu problema é que eu sempre vou atrás de você pedir perdão mesmo quando eu não estou errado e não vem com essa de que “mulheres sempre estão certas” porque isso não existe. Nosso relacionamento está se tornando tóxico e quando o pior acontecer, não venha colocar a culpa em cima de mim.

— Se você não está satisfeito porque não vai embora? Porque não foge? Você é ótimo nisso!

— Porque eu te amo! — Bufou e passou uma das mãos pelo cabelo. Demi deu dois passos para trás sentindo seu coração bater de forma acelerada, fazia tempo que ele não dizia aquelas palavras. — Porque um dia eu prometi que te amaria acima de qualquer coisa, na saúde e na doença, na tristeza e na pobreza, até que a morte nos separe e eu não sou homem de quebrar promessa. Agora se você não estiver mais satisfeita e quiser ir embora, eu não vou prender ninguém. — O barulho da chuva tomou conta do apartamento. Os últimos dias estavam sendo chuvosos e Nova York era um verdadeiro caos na chuva.

— Eu vou trabalhar. — Disse pegando sua bolsa em cima do sofá. Joe segurou o braço dela fazendo ela se virar.

— Eu vou te levar.

— Não precisa, você não tinha uma entrevista?

— É caminho, não vai me atrapalhar. — Demi apenas assentiu e observou enquanto ele subia as escadas. O silencio tomava conta do carro. Demi estava trocando mensagem com Selena no celular enquanto Joseph estava focado na estrada. Dirigir em Nova York em dia de chuva requeria muito cuidado e atenção. — Você vai sair que horas? — Perguntou tentando criar algum assunto, ele sentia falta dos momentos que eles tinham.

— Não precisa ir me buscar, Nick vai buscar meu carro na oficina e deixa-lo na empresa pra mim. — Respondeu sem tirar sua atenção do celular, Selena estava vendo os arranjos de flores que usaria para enfeitar a igreja no dia do casamento e Demi estava dando sua opinião por mensagem.

— Eu poderia fazer isso pra você, Nicholas está ocupado com as coisas do casamento.

— E você está muito ocupado recebendo nudes da sua prima! — Amanda era prima de Joseph e tinha uma rixa com Demi. Demi sempre achou que a garota era apaixonada pelo marido desde que eles eram adolescentes e desde então as duas não se davam bem. Há uma semana atrás, Demi estava mexendo no celular de Joseph quando chegou uma foto de Amanda deitada na cama mostrando os seios.

— Vai começar com essa história novamente? — Ele já estava irritado com aquela história. Ele não havia pedido pelos nudes, ele nem estava em casa quando a mensagem havia chegado e quando Demi o mostrou, ele deletou a foto e ligou para sua tia e depois para a prima. — Eu nunca pedi nudes dela e nem de nenhuma outra mulher e você sabe muito bem disso. Eu sou um homem e não um moleque, eu pensei que essa história estava resolvida, Amanda pediu desculpas, não é o suficiente pra você?

— Não, se ela mandou nude pra você é porque em algum momento você deu liberdade pra ela fazer isso.

— Quer saber? Acredita no que você quiser, eu estou pouco me fodendo. — Disse voltando sua atenção para estrada. Já estava de saco cheio daquela situação e não iria mais se arrastar aos pés dela, havia limites pra tudo!

— Para o carro! — Demi pediu guardando o celular dentro da bolsa.

— Eu não vou parar porcaria nenhuma!

— JOSEPH, PARA ESSA PORCARIA DE CARRO AG... — Tudo aconteceu muito rápido! A buzina do caminhão que vinha na direção deles soou de forma alta e assustadora, Joseph havia ultrapassado o sinal vermelho e o carro deles acabou colidindo com um caminhão. O carro capotou várias e várias vezes e tudo o que Demi viu antes de apagar foi rosto de Joseph ensanguentado.


HOSPITAL
DOIS DIAS DEPOIS 


Demetria abriu os olhos vagarosamente e piscou algumas vezes, a luz estava muito forte e estava lhe incomodando. Ela respirou fundo e olhou para o lado, sua mãe estava dormindo desajeitada em uma poltrona que havia do lado a sua maca e suas mãos estavam entrelaçadas. — Mã... Mãe... — Chamou com uma certa dificuldade, sua garganta estava seca. Dianna abriu os olhos e sorriu ao ver que a filha estava acordada, havia sido dias longos e sofridos.

— Ah minha filha. — Dianna falou emocionada. — Graças a Deus! — Ela beijou a mão da filha e limpou as lágrimas que desciam pelas suas bochechas. — Graças a Deus você acordou, meu anjo. — Demi suspirou e pediu um copo d’água. Dianna trouxe rapidamente e depois saiu para chamar um médico.

— Mãe, cadê o Joe? — Demi perguntou assim que sua mãe e o médico adentraram na sala. Os flashbacks do que havia acontecido vieram com força total e ela sentiu sua cabeça doer. — Ele estava comigo no acidente, nós estávamos brigando, cadê o meu marido? Ele já teve alta?

— Você está se sentindo bem? Alguma dor? — O médico perguntou enquanto a examinava.

— Um pouco de dor e cabeça. — Reclamou — Eu quero saber aonde meu marido está.

— Demi, você se lembra do que aconteceu?

— Ele estava me levando para o trabalho e... nós começamos a discutir, eu pedi pra ele parar o carro, ele disse que não mas eu insisti e de repente nós estávamos girando dentro do carro. — Ela disse sentindo suas mãos tremerem. Mãe, por favor. — Pediu com a voz embargada. — O Joe está bem? — Dianna segurou a mão da filha e sentiu seu coração quebrar em pedacinhos, ver uma filha daquela maneira era a pior coisa que existia.

— Demi, eu preciso que você se acalme, você não pode sofrer fortes emoções. — O médico pediu. Demi respirou fundo e o encarou. — O acidente de vocês foi grave! Joseph teve ferimentos mais grave que os seus, ele teve um traumatismo craniano e tivemos que leva-lo para a cirurgia, no meio da cirurgia, ele teve uma parada cardíaca e tivemos que locá-lo em coma induzido para prosseguir com a cirurgia, a cirurgia foi um sucesso mas não sabemos quando ele irá acordar. — Demi segurou a mão da mãe ainda mais forte e deixou um soluço alto escapar dos seus lábios. Aquilo não poderia estar acontecendo, não com ela. — Demetria, eu preciso que você se acalme. Pelos exames que nós fizemos, descobrimos que você está grávida de três meses mas devido o acidente, sua gravidez é de risco. Você não pode sofrer fortes emoções e nem fazer esforço físico, eu preciso que você passe o dia todo de repouso.

— Isso... isso está errado, eu não deveria receber essa notícia assim. — Disse com a voz embargada. — Joseph deveria estar do meu lado, ele estaria com um sorriso enorme no rosto porque ele sempre quis ser pai. — Dianna limpou as lágrimas que desciam pelas bochechas da filha e a abraçou pelos ombros.

— Eu vou pedir alguns exames seus e depois eu vou pedir pra uma enfermeira levá-la até o quarto do seu marido mas eu preciso que você me prometa que não vai fazer nenhum movimento brusco porque pode prejudicar o bebê. 

***

Assim que entrou na sala que Joseph estava, Demi sentiu seu coração quebrar em pedacinho ao vê-lo deitado naquela maca sem expressão nenhuma no rosto. Suas mãos tremiam e as lágrimas desciam de forma descontrolada pelas suas bochechas. Céus, por que aquilo estava acontecendo? Ela se aproximou dele vagarosamente e tocou-lhe no rosto. — Acorda. — Pediu com a voz embargada. — Acorda, Joseph, eu preciso de você. — Demi alisou os cabelos dele com os dedos e depois a bochecha. — Eu não posso perder você, por favor, acorda. — Ela pedia repetitivamente enquanto o chacoalhava.

— Demi, você precisa se acalmar.

— Eu sinto muito se eu te magoei. — Disse ignorando a enfermeira. — Nós vamos ter um bebê, não era o nosso sonho? Eu não posso viver esse sonho sozinha, eu preciso de você comigo, eu preciso de você pra me proteger das tempestades, pra me abraçar à noite... nós não estávamos fazendo muito isso ultimamente mas eu preciso de você. Por favor, acorda! — Ela voltou a chacoalhá-lo na cama repetitivamente, tentando acordá-lo.

— Você precisa parar, Demi. — A enfermeira pediu tentando segurá-la. O aparelho que indicava os batimentos cardíacos de Joseph estava indicando uma parada cardíaca. Os médicos adentraram rapidamente na sala e a enfermeira tirou Demetria de lá, ela gritava e se esperneava gritando pelo marido e então ela apagou.

Quando abriu os olhos algumas horas depois, Demi fitou a irmã que estava em pé ao seu lado. Selena beijou a testa da irmã e suspirou. — Ou você se acalma, ou você vai acabar matando o seu filho. — Selena disse segurando uma das mãos de Demi lhe passando apoio. — Nós quase te perdemos, Demi. —Falou com a voz embargada. — E nós quase perdemos o Joe, eu sei que é difícil vê-lo naquela situação mas nós não podemos te perder, se você não se acalmar é isso o que vai acontecer. Você tem que ser forte pra manter seu filho bem e conseguir dar apoio ao seu marido.

— Se eu não tivesse provocado ele, se eu não tivesse gritado... nada disso estaria acontecendo!

— Se culpar não vai mudar o que aconteceu, Demi. — A enfermeira adentrou no quarto com uma prancheta nas mãos. Ela sorriu docilmente para Demi e se aproximou.

— Como ele está? — Perguntou ansiosa.

— Os médicos conseguiram converter a situação pra melhor. — Demi olhou para a irmã e sorriu, sorriu como não sorria há dias. — Mas... se ele não acordar em cinco dias as coisas podem piorar...


TRÊS DIAS DEPOIS

Os dias estavam passando rapidamente e isso assustava Demi. Joseph ainda não havia acordado, nos últimos dias ele não teve nem uma melhora e nem uma piora, estava do mesmo jeito, ele não respondia aos estímulos dos médicos e eles já estavam começando a desacreditar em uma melhora. Demi já havia recebido alta mas passava boa parte no hospital, ela tentava manter seus pensamentos positivos e dava o seu melhor pra cuidar do bebê que crescia em sua barriga, que inclusive já estava um pouco visível. — Eu posso jurar que o nosso bebê mexeu, Joe. — Demi sorriu e tocou em sua barriga. Ela estava sentada em uma poltrona ao lado da maca em que Joseph estava deitado, todos os dias ela conversava com ele e contava as novidades do dia. — Minha mãe disse que ainda estava muito cedo pra ele mexer mas eu juro que senti, não foi muito forte mas quando eu falei sobre o pai forte que ele tem... ele se mexeu. Antes de passar aqui eu fiz a primeira consulta, ele está saudável e bem... nós sentimos a sua falta na consulta mas eu sei que você ainda vai participar de muitas consultas, eu estou dando o meu melhor pra conseguir mantê-lo dentro de mim e sei que ficaria orgulhoso de mim. — Ela suspirou e olhou para as suas mãos entrelaçadas, a aliança de casamento ainda brilhava no dedo dele. — Amor, você precisa acordar... eu ouvi as enfermeiras dizendo que o seu prazo está acabando mas eu sei que você não vai desistir. Eu conheço você e sei que você está dando o seu melhor pra voltar pra nós, eu e o nosso bebê estamos esperando por você e não vamos desistir. — Demi sorriu quando sentiu um fraco aperto de mão. Naquele momento ela soube que ele estava lutando de alguma forma para voltar. 

— Demi, você precisa voltar, o horário acabou. — A enfermeira disse da porta do quarto. Demi olhou para suas mãos entrelaçadas e as beijou.

— Eu amo você, Joe. — Disse sorrindo entre as lágrimas porque ela conseguia sentir ele apertando sua mão fracamente. — Ele está apertando a minha mão. — Demi disse para a enfermeira com sorriso e lágrimas, o aperto ficava cada vez mais forte. — Ele está voltando, eu consigo sentir. 

— Demi, alguns pacientes reagem à estímulos mas isso não quer dizer nada... 

— Você é negativa por natureza ou na faculdade de enfermagem eles ensinam as pessoas à serem negativas com os pacientes? Eu conheço o meu marido, nós começamos a namorar com quinze anos, nos casamos com vinte e estamos casados à três anos, então não ouse dizer que isso não quer dizer nada ou que é só um estímulo qualquer, enquanto ele não abrir os olhos e voltar pra mim, ninguém vai desligar essas máquinas, ele tem o tempo que precisar pra voltar pra mim. — Ela encarou a enfermeira furiosamente e depois encarou o marido. — Eu volto amor, eu prometo que eu volto. — Ela deu um selinho nele e virou as costas pronta para ir embora. 

— Ai meu Senhor. — Demi ouviu a enfermeira dizer quando já estava na porta, quando ela virou-se sentiu seu coração bater forte no peito, o sorriso foi de orelha à orelha. Ele estava com os olhos abertos e olhava pra ela! 

— Eu sabia que você estava voltando. — Disse se aproximando novamente dele. Ela entrelaçou suas mãos e lhe deu um breve selinho. — Eu sabia que você não iria me abandonar, eu amo você, Joe. 

— Isso... isso é um milagre, nós não tínhamos mais esperanças nenhuma. — A enfermeira disse olhando para Joseph que estava com os olhos abertos, ele olhava para a esposa com um sorriso nos lábios. 

— Isso é amor! — Demi respondeu acariciando o rosto do marido delicadamente com as mãos. 


NOVE MESES DEPOIS

Demetria e Joseph estavam sentados na sacada do quarto deles. O pequeno Adam estava nos braços de Demi e observava as estrelas assim como os pais, era o que eles mais gostavam de fazer desde que eram adolescentes. O clima do lado de fora estava agradável, Demi deitou as costas no peito do marido e fechou os olhos enquanto sentia a respiração dele bater em seu pescoço, ela gostava daquela sensação. — Eu pensei que fosse te perder, sabia? Só não no acidente... mas hoje eu penso que se... o acidente não tivesse acontecido, talvez nós não estaríamos juntos. Nós estávamos à caminho do fundo do poço.  

— Quando o acidente aconteceu... antes de apagar completamente eu vi seu rosto, você estava desmaiada e seu rosto estava muito arranhado, naquele momento eu pensei que você havia... que os céus havia levado você de mim e eu lembro de pedir mentalmente para morrer também mas enquanto eu estava em coma, eu ouvia você conversando todos os dias comigo, eu ouvia você falando sobre o nosso filho, eu ouvia você pedindo pra mim voltar, pra mim não te abandonar... e eu lutei, lutei muito pra voltar e acho que Deus nos deu uma segunda chance. 

— Eu não sei o que seria de mim sem você, Joseph. 

— Eu voltei pra você, Demi. Eu voltei e não vou pra lugar nenhum tão cedo, nós tivemos uma segunda chance e eu não vou desperdiçar, você é a mulher que eu amo, a mulher pra quem eu entreguei metade do meu coração. Você e o nosso filho são tudo pra mim e eu vou me esforçar todos os dias pra fazer vocês as pessoas mais feliz do mundo! — Demi sorriu e se inclinou para alcançar os lábios do marido, eles separaram o beijo com selinhos e um enorme sorriso. 

— Fala pro papai o quanto nós amamos ele. — Demi disse para o pequeno Adam fazendo uma carinha de bebê. O bebezinho de apenas três meses olhou para os pais e abriu um sorriso babado. Aquele era o recomeço para um relacionamento que aparentemente estava caminhando para o fundo do poço. 

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Coletânea Ficstape: The Best of Disney.

  
Clique na imagem para ser direcionado aos outros contos da coletânea. 

11/10/2017

leiam.

meninas eu estou passando aqui pra avisar que o próximo capítulo vai demorar pra sair, os trabalhos da faculdade tem tomado boa parte do meu tempo e quando eu tenho tempo pra escrever não sai nada! pra completar minha internet deu um probleminha e eu vou ter que aguardar por um técnico. sinto muito por fazer vocês esperarem tanto, eu sei o quanto isso é chato... espero que entendam, beijos ♡

03/10/2017

#ProjetoFicstape

Olá meninas, como vocês estão? Eu estou bem e muito feliz por vim aqui anunciar pra vocês que eu estou participando de um projeto incrível das meninas do blog melodrama e a dor da liberdade. O projeto se resume em uma coletânea de oneshots que são baseadas em músicas e artistas da disney e claro que eu não poderia deixar de participar já que um dos meus ships favs nasceram da disney, né non? nesse post abaixo estão todos os nomes das oneshots, as sinopses, os dias que serão postadas e os links dos blogs em que elas serão postadas. eu espero que vocês gostem e aproveitem esse projeto maravilhoso. 💕

contos que serão publicados no dia 06 de outubro:


IN REAL LIFE, DE MELODRAMA.

Uma jovem cirurgiã de trauma tem um grande dilema sobre sua vida amorosa. Ela foge de relacionamentos, mas tem um desejo de partilhar uma utopia amorosa. Vivendo em uma linha tênue sobre o que quer e do que ela tem medo. Talvez encontre alguém insiste o suficiente para realizar isso e quando menos espera.



WE OWN THE NIGHT, DE A DOR DA LIBERDADE.

Uma noite antes do próprio casamento Emma Roberts, uma professora do jardim de infância, descobre-se traída e, de coração e alma partida, decide que enfrentar uma noitada regada a muito álcool é a solução para todos os seus problemas. É claro, no entanto, que tudo deu errado: bêbada, a moça acaba precisando da ajuda de um desconhecido, que a acompanha em uma divertida jornada regada de lágrimas, tacos de golfe e leis infligidas enquanto se vingam do ex-noivo da moça e constroem um relacionamento nada solido baseado em uma teoria sobre azeitonas.

contos que serão publicados dia 09 de outubro:


EVERYTIME YOU LIE | CONTO DE PARADISE FANFICS

Joseph é um garoto conhecido por sua má reputação, ele é um verdadeiro destruidor de corações! Demetria ignorou sua própria intuição sobre ele, os avisos dos amigos e deixou-se levar, gostando dele mais do que deveria. Ele tinha uma namorada antes de conhece-la, mas jurou ter esquecido Chelsea e acabou por ganhar as graças da garota. Três meses depois, ele termina o namoro com Demi por motivos nada convincentes e ela acaba fazendo uma grande descoberta! Não demora muito e Joseph quer voltar para ela, mas a garota toma uma decisão inesperada por parte dele e prova que diferente das outras, ela sabe enxergar a verdade por trás das mentiras.



REMEMBER DECEMBER / BLACK KEYS | CONTO DE BREATHELESS

Demi pensou que o que vivera com Joseph Jonas na adolescência era intenso e que seria para sempre, mas após Joseph terminar tudo, alguns anos depois, Demi se vê sozinha e desolada. Dois anos depois, Joseph está de volta à Londres, lugar onde conhecera a jovem, e volta pretendendo se redimir. A vida dos dois se encontra novamente, e Demi terá que escolher entre seguir com a sua vida sem Joseph ou render-se ao seu antigo amor.

conto que serão publicados no dia 12 de outubro: 


MAKE IR RIGHT / TURN IR RIGHT | CONTO DE EU AMO A MILEY CYRUS

Miley é casada há sete anos e está enfrentando uma fase de estagnação em seu relacionamento. Por causa do trabalho, seu marido, Liam, precisa viajar para passar o fim de semana no outro lado do país, acompanhado de uma secretaria bastante atraente, o que a deixa um tanto insegura. Ao mesmo tempo, a moça reencontra um amor do passado, Nicholas, que coincidentemente retornou à cidade após vários anos para passar apenas o final de semana. Será que o assunto do passado mal resolvidos poderiam levar Miley a cometer o erro do qual se arrependeria o resto da vida?



JUST FRINDS / INSEPARABLE | CONTO DE CRAZY KINDA CRUSH IN YOU

Nick é apaixonado por Miley há 3 anos anos, mas sempre foi muito tímido e nunca teve coragem de falar com ela, apenas se cumprimentam e nem é sempre. Até que um dia a melhor amiga dele, Demi, o encoraja a chamar Miley para ir ao baile de formatura com ele. Tudo dá certo e eles começam um caso, até que Nick recebe uma bolsa em uma universidade de Londres, de todas as universidades em que ele prestou vestibular, essa foi a única que o ofereceu bolsa completa e ele se vê obrigado a aceitar, isso pode estragar um relacionamento que está apenas começando. Será o fim dessa história?

contos que serão publicados no dia 15 de outubro: 


I PROMISSE YOU | CONTO DE CARAVANAS

Nick sabia muitas coisas. Porém, o amor sempre lhe foi uma incógnita impossível de ser resolvida. Para ele, o amor só poderia significar uma dessas coisas: 1) uma mentira inventada pelo homem para alimentar seu próprio ego ou 2) um privilégio que ele, em seus breves dezessete anos de vida, nunca conheceu.



THE DRIVEWAY | CONTO DE THIEF OF HEARTS

Miley tinha um sonho. Aparentemente impossível, que finalmente poderia virar realidade. O seu sonho de se tornar uma grande artista pop estava ao seu alcance quando uma proposta irrecusável de se mudar para Los Angeles surgiu, prometendo um contrato com uma grande gravadora e parceria com um empresário de renome. Mas nem tudo são flores. O seu primeiro e grande amor, Nick Jonas, continuaria para trás, junto com pequena cidade em New Jersey. Dentre tentativas de continuar com o relacionamento a distância e diversas brigas, o romance chega ao fim.Mas será que a mesma estrada que levou o amor da vida de Nick embora, também será a mesma que a trará de volta?

contos que serão publicados no dia 18 de outubro:


STOP THE WORLD | CONTO DE WONDERLAND FANFICS

O casamento existe para vivermos ao lado da pessoa que nós amamos e que queremos construir um futuro. O casamento é uma união entre duas pessoas que estão comprometidas à fazer um ao outro crescer e se tornar melhor a cada dia. Demetria e Joseph começaram à namorar quando ainda eram adolescentes, eles tinham um amor no qual as pessoas em volta sonhavam ter. Os anos se passaram, eles se casaram e se tornaram adultos mas a vida à dois não é um mar de rosas, os problemas começaram aparecer e tudo é motivo para uma nova briga, o relacionamento deles está se desgastando à cada dia mais e aparentemente não há concerto para eles! Mas e o "até que a morte nos separe"? Um acidente inesperado cruza suas vidas para mostrar que o verdadeiro amor tudo supera.


GOT DYNAMITE | CONTO DE SECRETS

Demetria passou anos em um relacionamento que terminou de maneira desastrosa. Sem esperança no amor ela decide que vai aproveitar a vida e promete que nunca mais se entregá a ninguém. Para isso, ela criou barreiras em seu coração, onde nenhum homem pode ultrapassar, porém Joseph, amigo de trabalho que sempre foi apaixonado por ela, vai investir pesado para quebrar essas paredes e conquista-la. E então Joseph, got dynamite?



WORLD OF CHANCES | CONTO DE EU AMO A MILEY CYRUS

A jovem Ronnie Miller foi aceita na Julliard, realizando assim o sonho do seu falecido pai e seu próprio sonho de infância. Em seu ingresso na universidade, ela conhece vários jovens tão talentosos como ela e alguns até mais, que assim como ela também compartilham de grande respeito e afeição pela música.
Ronnie com sua tipica personalidade forte, não se esforça nenhum pouco para ser amigável e faz de tudo para passar despercebida, mas acaba com uma colega de quarto tagarela e extremamente sorridente, a animadíssima Mitchie Torres.
A nova colega de quarto a apresenta ao seu nenhum pouco comum grupo de amigos, e dente esses amigos, está alguém que virá ser bastante especial nessa nova etapa da vida de Ronnies: Nathan, ou Nate, como prefere ser chamado. O rapaz é integrante da famosa banda Connect 3, que junto com Shane e Jason, foram os grandes vencedores do JAM Final das batalhas entre Camp Rock e Camp Star e por esse motivo são alunos bastante reconhecidos em toda a universidade.
Durante o ano letivo, Ronnie e Nate desenvolvem uma forte concexão e após um único beijo roubado, Ronnie começa a questionar a si mesma sobre seus verdadeiros sentimentos. Afinal de contas, Will ainda está esperando por ela na Geórgia.